terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

O adeus a veia Yvone

O adeus a veia Yvone
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Com um par de trilhos de ferro e aço, ela criou um par de filhos, dando rumos paralelos às suas vidas, engenharia e advocacia. Conquistou vitórias e administrou minas. Com a ausência prematura de seu companheiro, tornou-se necessário dobrar suas fibras. Foi mãe, pai e outros parentes necessários em uma nova condição de seguir uma vida sozinha. Estendeu suas amizades e veios parentescos a personagens que não faziam parte da casa.  Teve outros filhos e outros netos por estima e consideração, sem laços de sangue mas com laços de amizades.


Trabalhou em uma fábrica de peças íntimas, localizada no subúrbio onde morava, próximo a uma linha de trem de nome Leopoldina, e a grande pedra de nome penha, com uma igreja lá em cima. Depois foi para outras praias, como Freguesia e Copacabana, deixando de ser suburbana.


Das imediações da sua morada, perto praça do Carmo foi trabalhar na rua do Carmo. Encerra sua história de vida no memorial do Carmo. E agora ela parte da estação como um trem. para um destino na linha do horizonte, deixando passageiros na estação para uma despedida,


Sua última imagem deixada nas redes sociais, ela sentada em um banco decorado com azulejos portugueses, resgatando suas origens, A dona Yvone, uma boa viagem até sua nova morada. Uma estação da qual ainda não temos notícias.


RN 28/02/2017
Roberto Cardoso

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