segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Hidrocidadania no rodeio

Hidrocidadania no rodeio
A participação da água nas vaquejadas
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Imagem: https://www.google.com.br/search?q=vaquejada+politicos&biw=1242&bih=606&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwicn4KhtsvQAhWFQ5AKHYkXClYQ_AUIBygC#tbs=isz:l&tbm=isch&q=gado+pasto&imgrc=aquxrCa9geB9WM%3A

Já faz tempo que o termo  hidrocidadania é um domínio público. Basta fazer uma investigada na internet. Um domínio público sob o ponto de vista do direito, como a propriedade intelectual, e um domínio do ponto de vista da natureza, sendo o homem um produto dela. E conforme o texto anterior Sobre água e cidadania: Hidro+água = Hidrocidadania* podemos chegar na questão das vaquejadas, onde procuram dar o título de expressão cultural de um povo, mas não justifica a sua permanência, como a prática de um esporte, admitindo uma prática e uma contínua existência. Assim como a luta em arenas, lugares onde prisioneiros eram jogados ao leões, devem estar apenas na literatura, são coisas do passado. Torturas e ditaduras permanecem na história, sendo inadmissíveis suas continuidades e perpetuações.

Os animais criados, citados como atividades agrícolas e pecuárias para fins econômicos, são animais condenados a uma prisão perpétua, com direito a água e uma ração diária, terminando em pena de morte, sujeitos aos maus tratos durante suas existências. Já existem animais rastreados, do seu nascimento às carnes em cortes, expostas em bandejas dos supermercados, onde é possível conhecer suas vidas e suas histórias, pagando seu preço.

E homens bem apresentados, de terno e gravata, sem sinais de suores na testa, ou manchas no suvaco (a vulgarmente conhecida axila). Com serviço de água é café. querem em ambiente fechado com ar condicionado, protegidos do sol e da chuva, decidir o que é e o que não é cultura, o que deve e o que não deve ser preservado como cultura de um povo. Não querem deixar suas zonas de conforto, ao ficarem sentados definindo e criando as leis, sem olhar suas posturas. Querem se transformar em ícones folclóricos. Alguns com o rabo preso por luvas dotadas de pregos, já não tem mais como fugir, ou se jogam ao chão ou se entregam aos que mandam no jogo, com argumento de cultura e criação de empregos, que aumentam suas fortunas. Com a falta de competência de criar leis que produzam empregos, entregam suas rédeas, admitindo os seus cabrestos, de pessoas ocultas.

Hydrocidadania acontece desde as primeiras viagens do homem, a partir do momento que passa ser nômade. E apontamos o primeiro exemplo na Bíblia, quando Adão e Eva foram expulsos do paraíso. Com o castigo de Deus, o casal precisou encontrar água e alimento, teve que sair em busca de outras terras para procurar um abrigo. Assim como na caverna de Platão, o casal do Éden precisou ver e entender o que acontecia do lado de fora. Fora da caverna, fora do paraíso, e em uma linguagem atual, fora da zona de conforto, E assim aconteceu com Noé, mudou de lugar levado pelas águas das chuvas. Em sua arca havia um conhecimento. Um conhecimento de animais que em casais procuraram abrigo da chuva. E com casais, Noé pode dar continuidade ao seu conhecimento, promovendo novas crias, uma nova criação, preservando famílias. Noé com uma arca embarcou seus parentes, promovendo a primeira hidrocidadania, escrita na história, protegendo seu grupo, ao sabor das águas das chuvas . A anterior foi a de Deus oferecendo o Éden para Adão e Eva, surgindo como um primeiro exemplo, podendo ser copiado. Deus não cobrou sua autoria intelectual e arquitetônica do jardim criado. Um local fornecedor de conhecimento.

No Tratado de Arquitetura de Vitrúvio, já eram estudados e conhecidos os usos das águas: As melhores condições de localização das cidades; a importância dos materiais e suas potencialidades; exposições ao frio e ao calor; a questão da salubridade; as interferências da arborização no ambiente; o avanço das construções; lugares de um poço; o planejamento das casas e das cidades; os benefícios dos banhos. Enfim um tratado de arquitetura e urbanismo, bem antes de Cristo (27 a.C.), supostamente dedicado a um imperador, um governante do povo.

Com a instalação de cidades, o homem precisa de um local para produzir alimentos e alimentar os que moram na cidade. E animais são criados com a finalidade de servir de alimentos. Uma herança da igreja que fazia experimentos com animais, sobrando cadáveres e carcaças. E assim foram criados os açougues, como uma alternativa de dar fim as carnes de animais que serviam de experiência.

Nota: Um fato citado de um livro, poderia requerer uma citação da fonte, livro e/ou autor; data da publicação e etc. Mas quando o conhecimento se incorpora ao conhecimento de outro, passa a fazer parte do seu conhecimento adquirido, não requer mais citação. A não ser que o texto seja colocado na íntegra. A citação é muito exigida em artigos científicos para que outros possam avaliar o conhecimento do autor e criticar suas fontes. A linguagem científica não passa de um estilo literário, criando regras, para que autores não sejam esquecidos .Perpetuando o que é chamado de conhecimento científico. Até uma simples nota deveria seguir regras de diagramação e de formatação, como tamanho da fonte e recuo do texto. Regras que determinam um poder sobre a intelectualidade de outro.

Uma experiência antiga, citada na Bíblia, ao oferecer um sacrifício a Deus. Experiências para identificar as condições do ambiente, em relação a permanência do homem, segundo Vitrúvio. E o homem aprendeu a consumir carne. A carne que sobrava dos sacrifícios, dos animais imolados. Portanto não justifica causar sofrimentos, enquanto a carne está viva, se ela tem uma finalidade que justifique uma vida. Não se justificam vaquejadas, touradas, rodeios, farras de bois, e outras práticas denominadas como culturas ou esportes. O homem é inventivo, e inventou danças e músicas folclóricas, que lembram a presença do boi.

Aos olhos de Deus o animal pode ser um alimento, não devendo sofrer sacrifícios para um divertimento. Aos olhos do espiritismo e da psicologia. o divertimento pode causar traumas e karmas, influenciando aquele solo, dotado de karma, manchado de sangue; pode transmitir pela genética e por comportamentos. Aos olhos da ciência, isto não é atitude de um povo evoluído e civilizado. Seriam cenas e comportamentos de povos primitivos, ainda muito longe de promover uma civilização. E aos olhos da medicina veterinária e da tecnologia da indústria de alimentos, sabe-se dos hormônios e ácidos distribuídos na carne, na musculatura, em momentos de stress. Aos olhos do direito, a sociedade e as leis devem sempre evoluir, sem haver retorno de ideias primitivas. O primitivo do direito é o direito à vida, a preservação das espécies.

Os rodeios e as vaquejadas só produzem lucros e divertimentos para grupos pequenos e específicos. Já foi o tempo que usava-se as olimpíadas para treinamentos de guerras. E as vaquejadas como disputas para um treinamento, para lançar e pegar o gado no pasto, em grandes áreas abertas. Crianças assistindo e participando, tem a oportunidade de preservar os atos. A modernidade já tem saber e conhecimento para fazer criações em áreas cercadas, com informação e tecnologia.  Sem a necessidade do laço, das esporas, dos arreios e dos cabrestos. Basta saber tocar do gado, e sem uso da eletricidade com espetos energizados.

A partir do momento que o homem causa ou provoca uma devastação ou uma alteração no ambiente nativo, ele cria uma dívida com a natureza. A dívida de providenciar alimentação e abrigo aos animais que naquele ambiente viviam. Para criação de gado, grandes áreas são desmatadas para produção de milho e soja, transformada em ração. Um gado em pé representa um percentual de área devastada e um grande consumo de água. Outros países com falta de água e ausência de espaço são grandes incentivadores da agricultura e pecuária, economizando seus espaços. Aumentando seus lucros, com implementos e defensivos agrícolas; vitaminas e nutrientes adicionados à ração. Ao final impõem regras para exportação, e criam novas raças. E podem estar envolvidos na permanência de vaqueiros, que lidam com o gado e se divertem como bichos. Os políticos brasileiros estão sempre em países estrangeiros, para fazer seus conchavos, com dinheiro produzido com o suor do povo. Nunca se sabe o que acontece em portas fechadas, podem vender o país com porteira fechada.

O homem é o único animal que não se insere na natureza, excetuando-se os índios que convivem e fazem parte dela. Ao mudar de ambiente e modificar o ambiente, o homem procura água e alimento. Os saberes e os sabores que aumentam o seu conhecimento. O mundo já aponta uma nova direção com mudanças de hábitos para recuperar o planeta, salvar sua própria vida. as regras do momento. São a reciclagem e aproveitamento melhor do que está disponível, como a redução do consumo de água, preservando ela limpa. A água onde começa a vida. Redução de produtos poluentes, contidos em defensivos agrícolas, que contaminam o ambiente, as plantas e os animais, objetivando um lucro. E no final ainda vendem remédios, para promover curas das doenças adquiridas.

Os chineses tão criticados por seus produtos, já partiram na frente criando indústrias de produtos com baixa qualidade e menores durabilidades. Produtos que até podem promover maiores lucros, mas estão em um ponto de proximidade da natureza, para que possam ser mais rápido deteriorados, com menores tempos de que produtos antigos, que tinham maior durabilidade. Mas em compensação podem levar muito mais tempo para serem desintegrados, retornando de volta à natureza.

A sociedade é soberana, tem mais poder que o estado. E os governantes precisam ter discernimento para enxergar o futuro. Não dá para enxergar a cidade em gabinetes fechados e carros com vidros escuros. Precisam voltar a Kant para entender o espaço.



Em 28/11/2016
No paquiderme norteriograndense,
lembrando o Elephante de Shiva e a Batalha na Avenida Roberto Freire

Roberto Cardoso (Maracajá)
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domingo, 27 de novembro de 2016

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